terça-feira, 16 de novembro de 2010

MOVIMENTO DE ORGANIZAÇÃO E VALORIZAÇÃO DA NOSSA PROFISSÃO

A Educação Física brasileira vêm buscando desde os anos 40 a sua verdadeira identidade. No princípio, a organização se dava nas Associações (APEFs), até a conquista da LEI 9696/98 e a nossa organização passou-se a ser formalizada pelo sistema CONFEF/CREFs. Hoje estão se formando sindicatos em todos estados brasileiros e neste ano foi fundada na manhã do dia 26 de março, a FENAPEFI – Federação Nacional dos Profissionais de Educação Física.
A Assembleia - reunindo sindicatos representantes dos trabalhadores do setor no Rio Grande do Sul, Paraná, Maranhão, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pará e Bahia - foi realizada na Rua Manoel da Nóbrega, número 800, onde funciona o sindicato de São Paulo.
A criação do FENAPEFI recebeu o voto favorável de todas as entidades presentes ao ato, exceto o de Minas, que se absteve.
José Antonio Martins Fernandes, o Toninho, líder do Sinpefesp – Sindicato dos Profissionais de São Paulo e Região - foi eleito presidente da nova entidade, cujo objetivo é o de fortalecer as lutas de uma categoria considerada diferenciada pelo governo brasileiro.
“Essa categoria, unida, será a grande responsável pela definitiva inserção do Brasil como grande potência internacional no esporte. Especialmente devido à realização, próxima, da Copa do Mundo de Futebol, em 2014, e das Olimpíadas do Rio, em 2016. Em tal conjuntura, a participação do profissional de educação física assume papel preponderante”, avalia Toninho.
Vale ressaltar, ainda, as especiais participações no evento de Mauzler Paulinetti, assessor do vereador por São Paulo, Aurélio Miguel, e Marcos Afonso de Oliveira, representando a UGT – União Geral dos Trabalhadores.
Com esse conjunto de forças que defendem e representam a nossa categoria, conseguimos interferir e impedir a criação do "MONITOR ESPORTIVO". Um projeto que tramiva em Brasília e mobilizou o profissional de educação física em todo o Brasil, despertando o sentimento de classe que, aliás, será extremamente necessário para fazer evoluir o grau de mobilização de tão importante categoria quando se pensa num Brasil melhor e com mais qualidade de vida.
De autoria do senador Álvaro Dias (PSDB-PR), a proposta leva o número OLC 09/2010 (antigo PL 5.186/05), que insere o artigo 90-E na Lei Pelé, criando o cargo de “monitor de esporte para ex-atletas”.
O Confef, entende que tal medida, em apreciação, é absurda, no que é devidamente endossado pelo Sinpefesp – Sindicato dos Profissionais de Educação Física de São Paulo e Região (com 120 mil trabalhadores sob sua área de influência) e, também, pela Fenapefi - Federação Nacional dos profissionais de Educação Física, criada para congregar os interesses do setor em todo o País e composta por sete entidades. Aqui no Rio Grande do Norte o SINDPEF-RN juntamente com a SECCIONAL-RN proporam uma MOÇÃO DE REPÚDIO ao PL na CEE, a qual foi aprovada e encaminhada a CNE. Com propriedade, contrário a proposição de Álvaro Dias, o Confef através de seu Presidente, ressalta em documento que circula entre a categoria e administradores de esporte, o seguinte:
“O CONFEF entende que tal medida é absurda, que não só prejudica os Profissionais de Educação Física, mas toda a população brasileira, que perde o direito de ser assistida e orientada no que diz respeito a atividades físicas por um profissional qualificado e capacitado”.
O sinal amarelo está aceso. Se a moção for aprovada, certamente acarretará no desemprego de muitos profissionais que se dedicaram durante anos para se capacitar, e arcaram com o alto custo das mensalidades para obter um diploma universitário.
A categoria, vale salientar, vem dando uma demonstração de união em defesa de seus direitos inalienáveis, através CREF – SP na figura dos Profs. Flavio Delmanto e Vladimir Fernandes atual presidente, apoiado nesta luta pelos Sindicatos da categoria de outros estados, e em especial, o do Rio de Janeiro.
Nas últimas semanas, estamos verificando outras manifestações de repúdio - nos mais diferentes estados da União - fortalecidas pela existência de um abaixo-assinado já composto de milhares de assinaturas.
O assunto teve amplo diálogo para que injustiças e equívocos sejam evitados. E foi um dos principais pontos de discursão na III CNE - Conferência Nacional do Esporte em Brasilia, o que arrancou do então Presidente LULA a convicção do VETO ao projeto do MONITOR ESPORTIVO.
POR ISSO CLAMO A TODOS OS PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO FÍSICA A GARANTIR A SUA FILIAÇÃO JUNTO AO SINDPEF-RN. E UNIDOS BUSCARMOS O PLENO RECONHECIMENTO E VALORIZAÇÃO.

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